terça-feira, 2 de agosto de 2011

Hoje vi flores no jardim. Mas havia uma solitária, aquela me encantou, por sua suave tristeza, por sua severa solidão...não sei se as flores sabem ser tristes, mas algumas aprendem a ser solitárias. Fitei-lhe bem aproximadamente, desviei os olhos, respirei fundo, busquei um pouco mais de coragem e a encarei novamente. Meus olhos marearam-se, minha boca secou...naquela flor havia um rosto. Arrepiou-me saber, o rosto naquela flor, solitária, era o meu.

Não lembro por quanto tempo ainda fiquei ali, parada, me contemplando,mas sei que foi naquele momento que descobri que cada lágrima que escorre na face, esclarece uma verdade. Não sei por quanto tempo mais fiquei ali, parada, mas sei que dos meus olhos rolaram algumas lágrimas, claras, quentes, que deixaram-me os olhos nítidos.

Passei por aquele jardim que nunca vi, mas hoje não era uma dia qualquer. Havia flores no jardim, mas havia uma solitária, aquela me encantou.

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